Gloriosa e Saudosa A A Chavantense

 

... Foram tantas e tantas tardes de domingos, e quase sempre os primeiros a chegar eram os pipoqueiros e os sorveteiros com seus carrinhos.  Muitos desciam e iam passando de bar em  bar tomando uns goles sendo os últimos no Bar Camisa Doze, do mamão ou no Bar do Mineirão ao lado da borracharia do Hermenegildo. 

Na frente de catraca no portão principal aconteciam as aglomerações, uns com bandeiras e até tinha alguns com cornetas e instrumentos de percussão.  O entusiasmo para assistir aos jogos da gloriosa Associação Atlética Chavantense, a gente podia enxergar nos brilhos dos olhos dos torcedores.

Quando a bilheteria era liberada e os portões abertos, os primeiros ajudavam o pipoqueiro e o sorveteiro empurrar seus carrinhos para dentro do Estádio e assim quase todos seguiam rumo a arquibancada, mas tinha os que preferiam ficar na sombra da grande árvore perto da entrada.

Acomodados cada quais em seus lugares escolhidos esperavam ansiosos a entrada dos jogadores em campo e logo mais o início dos jogos.  Foram tantas e tantas tardes de alegrias e diversão, ainda que muitas das vezes o resultado não foram satisfatórios.

A Associação Atlética Chavantense, viveu seus momentos de glória, mas esse tempo que eu vi, vivi e assisti e relato, referem se aos anos oitenta e começo dos anos noventa quando chegou o período decadente. 

É lamentável ver o Campo e suas dependências na situação precária que hoje se encontra, com partes dos muros caídos, arquibancadas com cobertura parcialmente destruída, sanitários sem condições de uso e nenhuma programação de atividade esportiva ou de lazer. 

Surge uma nova década, a terceira desse inicio de século 21 e com ela um vírus que assombra à todos, mas assistimos  em muitos setores acontecendo o “Novo Normal” e é o que esperamos que na área esportiva e de lazer em Chavantes alguma luz no fundo do túnel possa começar brilhar com a chegada e o firmamento de novos líderes na politica chavantense. 

Refiro-me aos novos eleitos, com capacidade de enxergar essa necessidade e buscar soluções concretas para o esporte e lazer que vem morrendo a cada dia, e sito Kadão Nabeiro, filho do saudoso Zelão, amante do esporte, Luiz Filipe, filho do Fio que também dedicou bastante ao esporte em sua época, Michele Batista, de família de pessoas que sempre prestigiava os acontecimentos esportivos, Cezinha Longo que foi um dos brilhantes jogadores que alegrava os torcedores com suas habilidades, Rafinha Lopes, Ademir Didoné, Maicon, Juraci, Roberto Gaino e Daniel que em maiores e menores proporções sempre participaram das atividades esportivas na nossa cidade.

Esperamos ter em breve aquelas belas tardes de domingos nas arquibancadas do Campo da Chavantense.

Elizeu B Thomé – Dezembro de 2020.